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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Violência Ética

Ele queria ser ético.

Ele não sabia o que era ética. O que tal conjunto de letras podia expressar? Educação? Respeito?
Ele moralmente agredira seus segundos e terceiros. Ele se drogava pra não pensar nos problemas. Ele voltava os ponteiros do relógio pra não seguir sua vida adiante. 3:02. mais uma vez 3:02, e outra, e outra... Ele bebia veneno letárgico pra saciar-se. Ele queria ser ético, mas não podia. Sua ficha criminal possuia mais de 3 folhas de assassinatos, vandalismos... A vida não lhe dava chanches (ou ele não se dava chances?).
3:02. Essa era sua hora habitual para almoçar, jantar, tomar seu banho frio e curto. Talvez o chuveiro fazia-o pensar na vida. Ele não queria. Não podia. Sua vida foi construída nas bases da desgraça e do sangue. O sangue que corria nas suas veias passavam, momentaneamente, nas suas mãos e escorríam na sua navalha.
Ele Buscava ser ético. buscava ser ético. Ele não podia ser ético. Ele não conseguia ser ético.
3:02 da madrugada/tarde/manhã, ele ligava sua tv, e assistia com teus olhos brilhantes ao Edward- ScissorHands. Ele via seu auto-retrato em tal personagem. Talvez por suas desilusões amorosas (ora por não ter quem justamente queria, ora por ser mais um pequeno inotável, ora até por ser mais um estranho imoral), ou talvez por seu júbilo interior.

3:02 da manhã. Chegou o Grande dia. Tal navalha que tiravas a vida de tanta gente, tirou a própria. Mais um longo dia acabava, e o relógio contava 3:03.

violência ética o levou ao beco.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Fim de ciclo!

Sim, foi um ano bom! Conheci pessoas INCRÍVEIS. Pessoas que eu sequer olhava na cara, e que hoje se tornaram amigos do peito (daqueles de se chegar a ficar pelado na frente, devido a intimidade adquirida.).
Aprendi tanto com esses amigos. Aprendi a viver de verdade (mesmo estando com uma ramela no olho, na classe, logo quando os primeiros raios de sol tocavam aquecidamente meu rosto), aprendi a dar valor as minhas notas, aprendi a cultivar todas as minhas amizades. aprendi, também, a recordar os momentos (é por isso que estou aqui agora), aprendi, realmente, o que é respeito, aprendi o que é ser FELIZ. Obtive uma felicidade extraordinária neste ano. NUNCA, em minha vida, vou esquecer das colas que eu passava pra todo mundo, das corridas até a cantina (é, a fila era grande), das boladas na Educação Física, das bolinhas de papel que me acertavam - propositalmente, das pichações na mesa, das lesações por não dormir direito, da luta pela camiseta do formandos (haha, foi difícil), do frio que a gente passava quando esquecíamos o agasalho... Períodos que fizeram a diferença.

Agora, cada um seguirá sua vida. Uns escolherão ser enfermeiros, uns advgoados, e outros escolherão ser professores... não importa! Um dia vamos sentar numa mesa de boteco, vamos tomar uma caipirinha, e dar risada de todos os professores desse ano, de todas as palhaçadas e acontecimentos.





AGRADEÇO A TODOS PELO QUE SOU HOJE: FELIZ, amigo, grato, sincero, e guerreiro. É, seus trouxinhas que me aturaram... eu amo vocês! realmente, quero fazer parte da história de cada um, pois cada um já faz parte da minha história.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Que eu possa estar sereno e feliz enquanto eu permanecer nesse caminho. Posso não ser notável, mas pelo menos, sei o quanto posso, o quanto quero, e o quanto consigo. Eu acredito em mim.
Hoje estou me sentindo bem, livre, e vívido.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Estou precisando de algo que dê sentido a minha vida, que me revigore. Pode ser um sentimento, um acontecimento, acho que até um momento, não importa. O que realmente importa é que quero estar bem... bem comigo mesmo, com os outros, com meu corpo, com meu cabelo, com minha natureza, com minhas gordurinhas localizadas (que eu insisto em falar que tenho), com o que comer, com o que ler, com o que pensar... Talvez se aquela mão me segurasse, se aquela mão me guiasse,logo penso que estaria mais disposto a permanecer nessa caminhada, a não desistir do que eu quero/preciso/necessito. acho que a melhor coisa é esperar. amor não cai do céu.
São 13:04 da tarde, ainda não tomei banho. o que quero, nesse momento, é que alguém deite comigo no sofá, e não se importe com meu ''cheirinho'' de gambázinho africano. >< sinceramente, preciso de contato físico.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

dessa vez meu coração se embalou. acho que encontrei a metade da minha laranja,a chave da minha porta, o ar que eu respiro, o sol que me dá força... essa pessoa está sendo especial pra mim, muito mesmo. é como se eu me reencontrasse nas cinzas, me levantasse de uma queda. é como se houvesse uma mão me conduzindo pra vida.
a estrada é tão longa e tão fria, mas esse amor me dá forças pra retomar o caminho. um dia nossas vidas vão se cruzar, vão tomar o rumo certo. a felicidade plena nos espera. tenho certeza de que você me encherá de esperança e, um dia, agente vai se encontrar. não tenho medo e nem pressa por esperar você... eu estarei aqui eternamente te esperando, meu amor. pode demorar 100, 200 ou 300 anos.. mas saiba que meu coração vai estar batendo firme e forte aguardando você aparecer no horizonte, lá no finzinho da rua.
me sinto tão mal as vezes, mas você está sempre lá pra me levantar. você me alegra com as suas palhaçadas matinais, me enche de fé e me faz acreditar no que eu sonho. você faz parte desse sonho. e quero que esse sonho se encha de realidade e que um dia ele se exploda, e, faça essa mera ''metafora'' se tornar realidade. eu acredito nisso. acredito que um dia você se juntará a mim e seremos um só.

as vezes parece que um calafrio toma conta de mim só de lembrar de você. um calafrio bom que desce do topo da cabeça até o sopé das costas.
amor, baby, meu anjo. EU TE AMO MUITO. isso vai dar certo. acredite nisso. nossa vida vai se completar um dia. você verá...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

estou me sentindo tão vivo, tão radiante, tão feliz. não sei o que é isso. talvez possa ser uma boa fase na minha vida, ou talvez as coisas podem estar tomando o rumo certo... acho que dessa vez é pra valer. vou me empenhar em cada detalhe dessa caminhada, vou me dar ao máximo. vou suar pra conseguir o que eu sonho. as vezes pensamos que somos mais um entre as 6 bilhoes do mundo. mas não! não podemos pensar assim. temos que pensar que somos mais uma pessoa que irá fazer a diferença aqui. temos que ser felizes no que fazemos mesmo se agente não gosta do que faz ou se existam pedras e muros no nosso caminho. temos que vencer essas barreiras, quebrar tabus, se sentir completo... tente colocar cada lembrança feliz da sua vida no que você está fazendo. isso trará resultados. e acredite nos seus sonhos. acredite mesmo, nunca desista, persista! um dia você colhe seus frutos e atinge suas metas.
dedique cada sentimento a pessoa que você ama, pois juntos, vocês serão um só.

domingo, 31 de agosto de 2008

Eu te procurava nos parques mais bonitos. procurava você nas lembranças mais cativantes. eu te procurava nas músicas, pensando em versos que encaixavam-se á você. tentava enterrar a mágoa de não ter você ,num grande copo de conhaque. talvez ele me fizesse chafurgar todos os anseios... esquecer todos os seus rodeios. ;~ todas as fotos que tiramos juntos hoje já não são mais fotos... elas são chamas que brandaram até virar as cinzas mais sombrias. essas cinzas lembram-me dos seus telefonemas em dias de chuva. os dias eram sombrios e me amedrontavam... mas você estava lá pra me proteger de todos os medos, enxugar todas as minhas lágrimas...

Eu te procuro nas páginas dos livros com as capas que tornaram-se envelhecidas e empoeiradas com o tempo, que sequer foram tocadas. eu te procuro no céu. as estrelas tem o formato do seu sorriso que me deixava todo molenga só de pensar que você estava do meu lado, pegava na minha mão e abraçava-me nos dias frios. frios talvez não pelo clima; mas sim por estar distante do seu amor.

HOJE, o que eu mais quero é esquecer você. talvez eu esteja escrevendo só pra desabar todos os meus sentimentos que eu compartilhava com você nas meras teclas desse computador. sentimentos que hoje tornaram-se meus e que me deixam tão perdido.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Sinto tanta falta daquele abraço de urso que sufoca nossos pensamentos e nos enche de esperança. sinto falta de alguém pra me dar assistência... alguém que possa deitar comigo na grama do parque e ficar imaginando as formas das nuvens, alguém que chupe sorvete comigo e se lambuze de chocolate sem medo de estragar a sua roupa de grife. alguém que suba na árvore pra chupar a laranja mais bonita e descascá-la com os próprios dentes. alguém que me jogue no rio pra lascar o beijo mais doce. alguém que possa tocar meus cabelos na brisa de uma tarde de outuno. alguém que conte cada estrela do céu comigo, que se irradie com a faceta da luz da lua. alguém que possa me dar aquele sorriso amarelo durante a tempestade mais impietosa. alguém que ande de trem comigo e fique olhando o céu azul com os mais distantes passaros belos e glamurosos. preciso de alguém que construa castelos de areia comigo, pensando no nosso futuro castelo de concreto. alguém com quem eu possa compartilhar meus sonhos... Alguém que não tenha medo de ser feliz.

sábado, 16 de agosto de 2008

ela fugia de seus ''amigos'' pois eles á zombavam. ela se escondia embaixo de cama porque tinha pavor do escuro, mas não sabia que embaixo da cama se escondem muitos segredos... segredos na mente de quem sabe viver e tem uma imaginação construtiva e capaz de guiá-la no caminho certo. ela bebia porque seu pai ja tinha morrido de cirrose e não se importava com o que aconteceria com ela. ela comia animais vivos porque conhecia a dor de ser perfurada por uma lâmina de barbear levemente ensanguentada... ela se debulhava em lagrimas de crocodilo com seu fone de ouvido com as musicas mais demoníacas. ela pisava na flor mais bonita do jardim pra ter receio de acabar com a vida daquele pobre vegetal. ela sentava no seu piano e tocava as músicas mais dissonantes pra tentar impressionar seu príncipe sapo. ela fazia de tudo pra impressionar o amor de sua vida, mas ele não dava a mínima pra ela. ela prefiria andar com os meninos do que com as garotas 'make up' de sua escola que só pensavam em sexo e escondiam a face que a vida á destinou.ela tinha medo de ser o que era. ela tinha vergonha de ser o que era. ela nao tinha culpa de ser assim... ela apenas nao sabia o que era amar... :(

sábado, 9 de agosto de 2008

sem precisar do incentivo que foque a ilusão... teu desejo é calcular sinais de perigo sem algum alvará, portanto não será fácil de te alcançar. Perder a sua tradição, se envolver em desgraças. Já anotei suas respostas, pelo preço que você faz. Se acomodar no principio de querer viver em um mar de sereias. Se importa se só eu quis ir atraz de respostas .nao me importo em vir te questionar. Como é que faz pra demonstrar que eu preciso agir? O precipício e sua maldição, me falam de suas fases, frente a desilusão vejo a força necessária . Tomara que não seja assim, diante a discursos sem fim, e em seus olhos, respeito e dor.

terça-feira, 22 de julho de 2008

vai partir assim? Sem se perguntar se essa é a hora certa? Não pergunta pra mim, como estou? Na verdade eu quis, seu sossego e talvez um sinal que decifre o segredo que implica esse beco que existe entre nós. e nem sempre se finge que é como quis ou como quer. Qual problema? Te pergunto, se é difícil alcançar o que, necessito pra viver sem, sem te convencer que eu errei mas sim eu explico, acho que pra viver em paz só depende da vida que levar. Qual problema que te derrubou se te lembra do que foi que quis e como errou. Seus dilemas é você quem faz e se esquece que me ajudou...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

sinto que hoje perdi totalmente a vontade de viver. é como se alguém estivesse me sufocando, tapando a visão do meu horizonte. parece que não consigo olhar pra dentro de mim e ver o que eu errei. parece que eu nao consigo gritar, algo me prende. estou com vontade de desistir e jogar o meu sonho pro alto. não sei o que há comigo. fugir ou morrer? ... por favor Deus, faça-me voltar a viver. :/

terça-feira, 17 de junho de 2008

Segunda-feira, de volta á rotina. Vamos á cafeteria tomar nosso santo café da manhã, pegamos o jornal e vemos a seguinte notícia: ''PROFESSORES ENTRAM EM GREVE DEVIDO AO BAIXO SALÁRIO MENSAL.'' mas porra, o que indigna não é a posição dos professores quanto ao governo por reclamar desses problemas e tal, mas sim de que os professores só reclamam, mas ao mesmo tempo não estão vendo que o governo faz! mas o governo não está de nota dez, pois muitos problemas são acarretados devido a falta de organização. por exemplo: todo mundo reclama que o país não vai pra frente, que a educação é de má qualidade, mas ninguém repara que alguns professores não são capacitados á dar aula. Existem sim MUITOS professores capacitados, mas, a maioria não consegue ensinar pois muitos alunos não apresentam interesse. Pô, vamos parar de reclamar, e levantar essa bunda gorda da cadeira para ver se esse país vai pra frente,pois ficar em casa reclamando que o preço do arroz subiu, ou que o governo rouba demais não leva em nada... o que vale mesmo é o poder do povo, caralho. vamos! vamos mostrar a esses professores e também para o governo que estamos a fim de aprender e não só de ocupar mais uma vaga na lista, sendo que há milhões de pessoas aí desempregadas, que é resultado de uma má qualificação estudantil.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

a chuva ameaça a capital, um gosto de chumbo na boca... distraio ao sair do terminal com tempo nublado e feio. vou dizer que estou cansado de cartas marcadas, climas repetidos, gente complicada o que não leva a nada! vou fugir daqui... bem vindo ao inferno que existe dentro de mim, vou fugir de mim, pra me encontrar talvez, espero que seja assim. Estrada que sempre resolve depois, mas o caminho não se esquece, as opções são mais que saidas, cabe somente a você escolher. Procuro um lugar formidável, mesmo que seja normal pra mim, mesmo que seja uma merda.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

nem sempre a face que a vida te destina é o que cai bem...


e por esse fato todo dia enfrento o sol, rumo ao pouco que te faz sentir, pelo modo que faz ver a vida em frente a certeza: de sempre estar onde eu deveria estar, e o compromisso com algo tao divino assim é o que nunca me define por medo que meus erros podem ter, pois acho que se um dia vem , um dia tem um fim... Sem ter sentido, porque nunca quiz, ver de verdade as consequências , se prende em casos que incrivelmente cre, pena que não existe só pra mim, o medo de incertezas e desejos que seus beijos possam ter pois acho que se um dia vem, um dia tem um fim

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Andava por aí sem perceber que em mim não havia mais ser, e sim um vazio que o encobrira. Iludia-me em desilusões. Acreditava no que não era-me possível, como um comodismo a mais. Procurava o que não podia-se encontrar. Sumia ao mundo tentando viver o que não se vive. Passava o tempo tentando completar o que nunca se completou, a ausência incompletável. Entretia-me com o superficial.Vivia sem um porque. Não vivia cada dia de uma vez, e nunca tinha certeza de que o amanhã iria ser melhor. Chorava suas mágoas sem ao menos tentar mudar essa sociedade desigual. Morria pensando em ser imortal. Despedaçava-me sem notar que, sem você, me tornava apenas mais um retrato sem retoque...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O sinal do recreio da escola toca de novo. Nuvens chuvosas vêm brincar de novo... Ninguém te falou que ela não está respirando ? Olá, eu sou a sua mente te dando alguém pra conversar. Se eu sorrir e não acreditar... Breve, eu sei, eu vou acordar deste sonho. Não tente me consertar, eu não estou quebrada... Olá! Eu sou a mentira vivendo por você, então você pode se esconder. Não chore! De repente, eu sei que eu não estou dormindo... Olá! Eu ainda estou aqui! Tudo o que sobrou de ontem.

domingo, 20 de abril de 2008

Eu quero viver onde a alma encontra o corpo, deixar o sol envolver seus braços em volta de mim, banhar minha pele em uma agua boa e limpa, e sentir... sentir como é estar novo, porque na minha cabeça existe uma estação cinzenta de onde eu mando meus pensamentos para destinos longínquos. Então talvez eles tenham a chance de encontrar um lugar onde eles fiquem melhores do que aqui. Eu não consigo adivinhar o que você descobriu. Entre a sujeira com nossas casas cortadas por escavadeiras, mas eu sei que nossas mãos sujas podem se lavar...E não vai sobrar nenhuma mancha! Eu acredito que é verdade que ainda há estrada para nossos sapatos. Se o silêncio levar você eu espero que ele me leve também. Eu te seguro perto de mim porque você é a única musica que eu quero ouvir. Uma suave melodia elevando-se através da minha atmosfera. Onde a alma encontra o corpo... E eu acredito que isso seja verdade

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Cada olhar me remete a um tumulto que brota do embate entre o que foi e o que está sendo. Onde todas as distâncias se parecem menores agora e a possibilidade de viver uma nova história em uma velha cidade urge numa virada de esquina. Lembro dos tempos em que tudo parecia muito grande e distante assim como minhas memórias daqueles dias. Agora, a beleza dessa cidade se apresenta marcada pela conversa entre morros e prédios, no encontro do asfalto e meus pensamentos; na mistura esquizofrênica de minhas lembranças vivas com as construções da minha imaginação. O presente é tomado de assalto pela irrefutável força de transformação do tempo - o prédio grudado na praça está fadado ao apodrecimento e a escola perto da igreja foi pintada. Aquilo que foi vivido se mostra, nesse exato momento, como um sonho ou um livro incorporado. Algo que nunca me aconteceu.Mas as minhas palavras são provas do que vivi e do que estou vivendo. Minhas idéias são produto de pensamentos que sacodem meu mundo. Falar, é agir e pensar simultaneamente. É criar. Criar um mundo sobre nossos braços, onde milhares de velhos sonhos são aquecidos dia após dia sobre o calor de nossas vontades e desejos. Busco um sentido nas estações e acho padrões em grandes pensamentos.Cada olhar, uma imagem; a representação de um relato fragmentado, habitado cada dia mais por esquecimentos do que por lembranças. Cada relance é insubstituível. Manufaturamos realidades e recordamos o perdido em fotografias, na separação do tempo vivido.

domingo, 6 de abril de 2008

SONHO?

Ela passou por mim várias vezes e não disse nada, nada que seus olhos deixassem de dizer. Reagi com estranheza num primeiro momento. Na última vez ela parou e me sussurrou ao ouvido: “Não se pode dizer que qualquer coisa é boa ou má se você não a conhece completamente.” Quando me virei para olhar em seus olhos de perto, ela já havia desaparecido em meio à multidão. Arrisco dizer que isto foi num sonho. A mulher poderia até mesmo não existir naquele momento, mas não importava, pois minha sanidade também não importava naquele momento.Aquilo significa algo, pois se consolidou ainda mais em mim a idéia de que não existe nenhuma verdade absoluta nesta vida. Ensinou-me que um homem nunca poderá ser conhecido totalmente pelos outros homens já que pode enlouquecer, ou mudar seus hábitos e atitudes de acordo com a situação, a conveniência ou a necessidade. Que uma cidade, uma pedra ou uma flor podem conter essências incompreensíveis pelo próprio homem e que conceitos criados para descrevê-las são meras generalizações de quem não aceita um mundo único para cada coisa.

segunda-feira, 17 de março de 2008

ele pisou para fora no ar da manhã para observar os carros passando e deixar o sol secar seu cabelo. eu queria dizer à ele o quanto és bonito mas eu simplismente fiquei estático. eu sentei atrás do volante e observei as gotas de chuva assim que caíam no pára-brisa e corriam para baixo no motor barulhento e ele juntou todos seus medos como aviões de papel e os perdeu nas ávores. E eu sei que não mereço isso: a capacidade de sentir (de sorrir a de chorar e de maravilhar-me) pelo que eu vivi e respirei e acordei cada dia limpo, é nada menos que sua graça (em um movimento desajeitado e glorioso)

sábado, 1 de março de 2008

Quando todos eles me vêem caindo – a meio vôo, você sabe que você não é o único. quando todos estiverem tão sós, eles encontraram uma porta de trás, que leva para fora da vida.Estamos todos aflitos... Perdidos e sangrando. Por toda a nossa vida, Temos esperado por alguém para chamar de líder. Todas as suas mentiras, eu não estou acreditando... O paraíso brilha uma luz sobre mim. Com tanto medo de abrir seus olhos - hipnotizado... Você sabe que você não é o único. Nunca entendeu essa vida... E você está certo, Eu não mereço, mas você sabe que eu não sou o único. Estamos todos aflitos, perdidos e sangrando. Não olhe para baixo. Não olho nos olhos do mundo abaixo de você. Não olhe para baixo, você vai cair... Você se transformará no sacrifício deles! Certo ou errado? Não pode se prender sobre o medo de que eu estou perdido sem você. Eu não posso sentir, eu não sou meu,eu não sou real.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Já anoitecera quando desceu da árvore. Quarenta e dois passos apenas (ela havia contado muitas vezes) a separavam de casa, mas sabia que a mãe não iria gostar de vê-la chegando àquela hora. Sabia também que lhe pediria explicações - Por que fez o que fez? Explicações preparadas, entrou em casa. Desarmada que foi pela cena da mãe com a cabeça afundada entre os braços e os braços na mesa, só pode falar: Ele vai voltar, mãe. Não fica assim. Mas a mãe não levantou a cabeça e nem parecia lhe ouvir. O pai havia ido embora e agora aquilo. Ela achava (achava nada, tinha certeza) que estava fazendo a coisa certa. Não a toa passaria o dia inteiro planejando, combinando... instruindo o bicho. A idéia de que ele conseguiria trazer o pai de volta lhe parecia bastante razoável, louvável até. Imaginava o azulão bicando os ombros do pai e cantando sem parar em seus ouvidos. Era impossível que ele não reconhecesse seu pássaro, que não entendesse o recado e que não voltasse, comovido, a viver com a família. Para a menina, tudo era muito simples, inclusive a pequena viagem de algumas centenas de quilômetros que o azulão faria à procura do pai em outra cidade. Claro que o encontraria, claro.Mas essas coisas, que lhe passaram num instante, ficaram só na sua cabeça, porque notou que a mãe não estava para conversa; não quis gastar saliva e ter de repetir tudo depois. No dia seguinte, ao voltar da escola, não encontrou a mãe. Acreditou que ela pudesse estar na praça da cidade. E estava. Parada em frente ao chafariz seco com a gaiola do azulão aos pés, a mãe cantava. Ninguém parado a olhava ou a ouvia, e ninguém mais a olharia ou a ouviria sem o canto melodioso do pássaro acompanhando sua música. Dinheiro então, quem daria? Palpitando na cabeça da menina, uma pergunta: Será que serve se eu cantar com ela?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Acordava do sono profundo. Profundo, intenso, vivo, vivido.... Vivia entre cantos, aos prantos, entre pratas e cinzas. Cafés... Bebidas... Comia pouco. Quase nada. Quase nada se transformara nos dias que passavam. Passavam como horas perdidas das agonias mais delirantes... Sonho. Sempre sonhara. Voava em bandos, sozinho, em lugares que nunca fora. Foi, até certo ponto, de lá nunca mais voltou. Acordava do sono profundo. Duas e trinta piscava no rádio-relógio. Duas e trinta. Que dia era hoje? Que dia? Dia? Acordava do sono profundo com os olhos mareados da noite anterior. Noite? Na língua o gosto azedo do excesso de álcool e café. Escondia-se de si mesmo. Envergonhava-se ao se ver no espelho. Refletido, do outro lado, o que ele mais odiara. Ele mesmo. Acordava do sono profundo. Nos sonhos mais delirantes, ele a via bela, a dançar pelas avenidas cheias de gente, flor vermelha na orelha, a desafiar os olhares confusos de quem passava. Passavam as horas, os dias, as datas amareladas dos calendários gregos, romanos, judeus.... Passavam décadas, milênios, toda a existência da Terra olhando aqueles olhos envidraçados de perfeita cor, seu corpo bailando pelos ares, ventos em seus cabelos, a flor enfeitando seu rosto angelical. Nestes dias, acordava como quem não dormiu. Acordava recheado de melancolia e saudade. Saudade do futuro. O futuro lhe trazia retrocesso. Não sabia explicar, mas vivia em labirintos tortos. Andava em círculos por caminhos já trilhados. O futuro lhe guardava o passado. Passado, este, que nunca vivera. Viu, de relance, nos sonhos, ou nos livros, ou no cinema, ou em música, ou nos jornais, ou no teatro, ou na própria imaginação... Viu seu futuro impresso em papiros. Folhas amarelas desfeitas pela ação do tempo. O passado mirava o futuro. Pelo decorrer dos séculos passados, observou tudo que viveria depois da eternidade. Os dias eram contados pelas linhas que adornavam suas mãos.


Saudade sufocava sua vista.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Lá fora uma chuva fina e gelada chove sem consideração, e eu acabo por me achar dentre meus pensamentos. Curioso como a tristeza me inspira ao mesmo tempo em que me faz perder o rumo, é como se ela me levasse para dentro de mim e também como se me lançasse para fora de órbita. Tudo na mesma fração de segundo.Passar tanto tempo assim sendo a minha melhor companhia tem promovido um desenvolvimento singular de raciocínio que tem me levado a uma visão mais panorâmica de alguns aspectos vitais, como por exemplo, o relacionamento com outros seres humanos. É fato que ficar só pode configurar uma carência por afeto, mas por outro lado a solidão nos é essencial para a boa reflexão e sistematização de idéias e conceitos.Levando em conta que a única certeza de companhia eterna é a que faremos a nós mesmos, ficar sozinho é uma terapia e tanto, que além de nos ensinar a conviver com o que somos, desenvolve uma melhor perspectiva artística. Mais curioso que o efeito da tristeza, ou até mesmo o da solidão, é a verdade por trás de tantas palavras bem escritas. É quinta feira, faz sol, e eu queria que você estivesse aqui para me livrar de mim mesma.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

é como se as minhas lembranças fossem inconscientemente guiadas pelas estações do ano. o inverno morre da mesma maneira que o verão nasce. ano vem, ano vai e as estações muitas vezes me convidam a certos hábitos antigos que eu já nem lembro mais ou porque eu tinha 4 anos e não tinha consciência suficiente para perceber a realidade ou porque simplesmente a rapidez dos anos destruíu. já dizia alguém lá no passado: "velhos hábitos morrem mais devagar."muitas vezes eu sinto que o passado se agarra nas minhas costas e os anos se recusam a ficar onde eu quero que eles fiquem. todas as memórias dos meus verões estão enterradas em algum lugar no quintal do lado da casa de praia do meu tio, onde agora existe uma construção. e toda vez que chega a primavera vem uma enxurrada de lembranças na minha mente e aquela sensação de nostalgia vem junto, muitas vezes amarga. tudo volta numa velocidade incrível a qual eu não tenho controle. e que mesmo eu sabendo que o passado não existe, fica no ar um clima de que nunca há um agora.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

E eu vou viver até saber, pq ainda dói... olhar pra trás e seguir em frente.
Tudo é tão confuso, eu não quero mais tentar.
Nessa noite fria eu vou seguindo...Há uma longa estrada para caminhar. E eu vou andando, contando passos pra chegar.

Eu espero que as estrelas me guiem um dia, até onde você está.


Vinha trazendo no coração uma mágoa antiga que só fazia doer. Não sabia o que fazer com ela. E como apertava... E como doía... Ficava ela ali no canto esquerdo, bem quieta. Dava os ares de sua graça nas horas mais impensáveis. E como manchava. E como mexia. Pulava no peito como bola desgovernada que desce a ladeira sem olhar para os lados. Queria esquecê-la. Queria traí-la. Trancá-la lá fora sem pena da chuva. Deixando-a molhar como pano de porta, que sem borda aos poucos se encharca. Queria poder juntá-la com as mãos e com desespero de marujo perdido, arrancá-la para fora do barco. Deixá-la a deriva em companhia das ondas. Ela que se salvasse. Que se afogasse lentamente na imensidão fria dos mares. De longe eu acenaria em meu iate invencível. Lamentando por não ter feito isso há mais tempo. Feliz por ter extirpado todo o tumor. Chegaria em casa tranqüila, talvez cansada da viagem. Tomaria uma Novalgina e iria cheia de graça pra cama. Sonharia com cores impossíveis e palavras ainda perdidas. Acordaria plena. Descansada. Completamente feliz. Escreveria meus versos roubados do invisível e ouviria os sons capturados do mundo. Prosseguiria vivendo a procura do irreal e do permitido. E seria feliz se não fosse a falta que se alojaria no peito clamando pela mágoa uma vez perdida, a reclamar junto com a lua sua ausência.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O fim do poço só chega quando se descobre o que nos aflige. De modo que continuo caindo. Cair é ótimo. Bendita a sensação de voar que nos separa do duro chão que nos espera. Todo o processo de descenso nos dá uma estranha sensação de liberdade. Fazemos coisas que nunca sonhamos fazer, nos tornanos aqueles que sempre odiamos. E como isso é bom... Já rezava a expressão popular que para baixo todo santo ajuda. Não poderiam estar mais certos. Tudo que percebo ao meu redor é a força gravitacional que se fortalece exponencialmente. Todas as forças da física parecem se tornar suas aliadas para transformar o que começou como um pequeno tropeço em um longa queda até o centro da terra. E é assim que qualquer deslize é fatal para aqueles com pouco equilíbrio. Hoje descobri ser um desses. Nunca pude ter muito espaço a meu redor. Imitando muleque travesso invento brincadeiras. Caminhar da maneira como ando fazendo há anos e aparento dominar parece algo bobo. É necessário correr. A vontade grita lá dentro: corre! E então corro. Saio dos meus limites. Quebro o espaço que me torna seguro para mim. E para os outros. Principalmente os outros. Excesso de confiança na minha responsabilidade torna a redoma frágil. A gaiola que prende a besta se parte. E ela sai correndo. A princípio não fere ninguém. Ela só quer brincar. Aproveita aquela nova sensação. Os passos antes medidos agora são soltos - corre pequeno monstro! Vai enquanto pode! O que ninguém esperava era aquela famigerada pedra que nunca pareceu falhar com sua obrigação: a de estar no meio do caminho. O Resultado não poderia ter sido outro. A nova técnica ainda não fora totalmente dominada. Houve um tropeço. Logo em seguida outro. E a queda enfim teve início. Como está sendo longa. Venho caindo desde então. Vejo o chão se aproximar rapidamente. A dura pancada de realidade está cada vez mais próxima. Nunca próxima o suficiente. Parece evitar-me e saborear minha dor. Já me dei conta que não estou em um vôo. Já percebi minha condição como cadente. Mas nunca me espatifarei ao chão enquanto não descobrir o nome da pedra.Até que isso ocorra só sinto o pânico de imaginar a dor da aterrisagem. Como o tempo é muito, tenho adivinhar também aqueles que se espatifarão lá em baixo comigo.


Espero um dia bonito, ao seu lado. <3

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Estava pensando... pensando na minha vida. pensando em como resolver meus problemas.
mas concretizei que, a vida é um problema... não no ponto de vista de ser um problema real, mas sim, um problema irreal. O ser humano é um ser quase que 'mitológico' , que é facilmente enganado, ou, facilmente esmagado por sua idéia alienada.
Uma pessoa que se diz 'a mais popular', quase que nunca parou pra pensar em tal atitude tomada por própria. pessoas populares, quase sempre populares por conhecer todo mundo, por ter lá seus 5 perfis no orkut, por ter seu fotolog com 300 comentários por foto... pessoas populares que muitas vezes, se refugiam na nossa famosa internet pra esquecer os problemas.
Eu era um escravo da internet: me matava pra postar todo dia no fotolog, brigava por meu vicio... a tal internet. Eu fazia de tudo pra entrar. quando meus pais não me deixavam conectar-se, eu ia correndo pra uma lan house, ou pra casa de um amigo.
Agora, que eu realmente percebo que ficar conectado aqui por horas e horas, gastando a 'sola' dos dedos de tanto digitar {risos} não vale a pena.
lá fora na rua, gente que se quer se conecta é tão feliz...
isso me trazia felicidade, mas uma felicidade 'viciante'.

pensando nisso, eu concluí que a vida la fora é muito melhor do que gastar tempo aqui, e que as pequenas coisas da vida, as palavras ditas com carinho, se tornam uma fonte de felicidade.

vamos leitor, saia da frente desse computador, e vá ser feliz!

Ela corria... Seus pés batiam no asfalto pouco mais devagar que seu coração. Ela sentia o impacto no joelho, aquele músculo desgastado aguentando todo seu peso cada vez que levava uma perna ao chão. A dor vinha por vários lados, em fisgadas. Mas ela não parou. Não pararia. Corria sem objetivo numa rua vazia, em pleno domingo de feriado. Corria pensando que, se mantesse seu corpo trabalhando e sua mente concentrada na dor, esqueceria de tudo. Mas estava estava mentindo para si mesma, e sabia disso. Só tinha medo de admitir. Se admitisse, veria que é igual a eles, os outros. Que não passa de mais uma formiga faminta e sem escrúpulos. Pelo desejo de não ser apensa mais uma, continuava correndo. De alguma forma, procurava fugir de si mesma. Fugir de quem ela poderia ser. Conseguiu fazer isso durante toda sua vida, por quê não um dia a mais? Era extremamente fácil mentir para os outros, e, assim, acreditava em suas próprias mentiras. Agora ela já não sabia distingüir as duas pessoas. Aquela linha tênue estava sendo apagada por ela mesma. Se não a achasse, poderia ter que terminar sua vida entre dúvidas, em confusões de verdades e mentiras. Então, nem ela poderia confiar em si mesma. A noite caía, já não sabia há quanto tempo estava na rua. Fechou os olhos, mas uma imagem de uma outra versão dela apareceu. Uma versão hipócrita e egoísta. Nesse momento, decidiu parar. Talvez essa fosse a verdade. talvez ela sempre tenha sido alguém que só se importa com sua vida. Talvez ela tivesse um ideal, alguém que gostaria de ser, e reinventou-se. Talvez tivesse voltado a ser o que realmente é. E, resignada, aceitou. Conformou-se com a idéia de que, como qualquer ser humano, não evoluiria. Era egoísta, hipócrita e desleal. Mas, acima de tudo, era covarde. Apenas mais uma formiga.

Carente. Acho que essa é a melhor palavra para definir o que sinto agora, acho que já zapeei por todos os canais da televisão, rodei por toda internet, por minha mão já passaram três livros. Na verdade sinto vontade de conversar, trocar idéias, sentir uma presença humana e por mais que eu tente dizer que não, eu preciso de uma presença humana específica. Sinto vontade de ter alguém para conversar a noite toda bobagem ou coisas sérias, conversar sobre meu futuro, pedir opinião. Estou me sentindo meio largado no mundo. Estou prestes a mergulhar de cabeça na vida sem nada para evitar que eu afunde. E eu afundo. A vida invade meus pulmões e vai impedindo que eu respire. É difícil encontrar ar. Ao meu redor só vida.

Preciso de um abraço apertado. Um que faça me perder da vida e encontrar o ar.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Ele estava entediado há um tempo. Já havia cantado todas as músicas que sabia, já havia relembrado todas as vezes em que deu um sorriso forçado e já havia contado quantas gotas de orvalho são necessárias para encher um copo de requeijão. Já havia até mesmo arrumado seu armário, já que isso é coisa de quem não tem o que fazer. Encontrou de tudo: roupas antigas que esperavam pela dieta para voltarem a viver, cadernos escritos e amarelados pelo tempo no melhor estilo naftalina e até uma coleção de potinhos de purpurina que ele não fazia a menor idéia de onde tinham surgido.Foi quando encontrou o seu velho saquinho de bolas de gude. Aquilo lhe trouxe uma felicidade imensa. Não é sempre que encontramos coisas tão preciosas - e sem qualquer expectativa. Seus olhos brilharam. Reviveu o tempo atrás daquele, no qual as bolinhas eram super agitadas. Respirou fundo, guardou a sensação dentro dele e, com aquela energia, começou a jogar.Deu o primeiro peteleco. As bolas paralizaram de qualquer jeito. Olhou, negou, pensou. Vou encontrar a posição perfeita pós-peteleco para essas bolas. Juntou-as novamente e assim o fez. Peteleco. Hummm, não. Outro peteleco. Hummm, não. Só mais um. Hummm. Hummm. Hummm. Última vez, vai. Peteleco. Foi. As nove bolas se colocaram na disposição mais perfeita do mundo. Ou melhor, do universo.O seu trabalho com as bolas já estava feito. Mas sentia que faltava alguma coisa. A noite já vinha chegando, o dia inteiro passara nessa brincadeira. E como quem tem uma idéia maravilhosa, do tipo acende-lâmpada-na-cabeça, pensou em iluminar aquelas bolas. A noite chegava e era preciso deixá-las confortáveis. E se tivessem medo do escuro? Pegou a tal da purpurina que estava no armário - afinal, elas têm que ter um objetivo maior na história, caso contrário, seriam purpurinas inúteis - e pouco a pouco polvilhou as nove bolas de gude com a purpurina. As bolas se iluminaram um pouco, com o restante de luz do dia que ainda refletia algo.

É como se as minhas lembranças fossem inconscientemente guiadas pelas estações do ano. o inverno morre da mesma maneira que o verão nasce. ano vem, ano vai e as estações muitas vezes me convidam a certos hábitos antigos que eu já nem lembro mais... ou porque eu tinha 4 anos e não tinha consciência suficiente para perceber a realidade ou porque simplesmente a rapidez dos anos destruíu. já dizia alguém lá no passado: "velhos hábitos morrem mais devagar."muitas vezes eu sinto que o passado se agarra nas minhas costas e os anos se recusam a ficar onde eu quero que eles fiquem. todas as memórias dos meus verões estão enterradas em algum lugar no quintal do lado da casa de praia de onde eu fui feliz um dia, onde agora existe uma construção. e toda vez que chega a primavera vem uma enxurrada de lembranças na minha mente e aquela sensação de nostalgia vem junto, muitas vezes amarga. tudo volta numa velocidade incrível a qual eu não tenho controle. e que mesmo eu sabendo que o passado não existe, fica no ar um clima de que nunca há um agora.


Estive olhando pro espelho por tanto tempo,
Que comecei a acreditar que a minha alma está do outro
lado.
Todos os pequenos pedaços caindo, quebrados.
Pedaços de mim...
Afiados demais para serem juntados...
Pequenos demais para terem importância,
Mas grandes o suficiente para me cortar em tantos
pequenos pedaços.
Eu sangro.
E eu respiro.Não... eu não respiro mais...
Eu tento não respirar e tento desligar o que os meus espíritos
induzem.
Mas como você consegue se recusar a beber como uma
criança teimosa?
Minta para mim, me convença que eu sempre estive
doente, e que tudo isso fará sentido quando eu melhorar.
Mas eu sei a diferença entre eu e o meu reflexo.
Eu simplesmente não posso deixar de imaginar...
Qual de nós você ama?

domingo, 3 de fevereiro de 2008


Por favor, por favor me perdoe, Mas eu não estarei novamente em casa. Talvez em algum dia você observará, E, pouco consciente, você dirá a ninguém: "Algo não está faltando?" Você não chorará por minha ausência, eu sei, você me esqueceu há muito tempo Eu sou aquele sem importância? Eu sou tão insignificante? Algo não está errado? Alguém não está sentindo falta de mim? Embora eu fosse sacrificado, Você não tentará para mim, não agora. Embora eu morresse para saber se você me ama, Eu estou todo só. Alguém não está sentindo falta de mim? Por favor, por favor me perdoe, Mas eu não estarei novamente em casa. Eu sei o que você faz a você, Eu respiro profundamente e clamo: "Algo não está errado? Alguém não está sentindo falta de mim? E se eu sangrar, eu sangrarei, Sabendo que você não se preocupa. E se eu só durmo para sonhar com você E se despertar lá sem você, Algo não está faltando? Não é algo...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008


Você não lembra de mim, Mas eu lembro de você... Eu mentia acordado e tentava duramente não pensar em você. Mas quem pode escolher o que sonha? eu não...
Eu acredito em você, desistirei de tudo só para reencontrar você. Eu tenho de estar com você para viver, para respirar e você está assumindo o controle sobre mim.
Você esqueceu de tudo o que eu sei? E de tudo que nós passamos? Você me viu lamentando meu amor por você, e tocou minha mão... Eu soube então que você me amava.
Eu olho no espelho e vejo teu rosto...e se eu olhar fundo o bastante? Há tanta coisa dentro de você, exatamente como você.


Tudo pelo que estou vivendo, tudo pelo que estou morrendo, tudo que eu não posso ignorar sozinho a noite...
Eu posso sentir a noite surgindo, e me separar do meu evidente. Entendimento sobre mim... Depois de tudo que eu tenho visto, juntando todos os pensamentos entre si... Eu encontrei as palavras que me fazem melhor. Se eu só sei como me tirar à parte.
Tudo que eu quis, embora eu quisesse mais... Eu fechei a última porta que estava aberta - meus espíritos estão me vencendo.
Eu acredito que os sonhos são sagrados. Pegue meus medos mais sombrios e jogue com eles... Como uma canção de ninar, Como uma razão incerta, como um jogo das minhas obsessões. Faça-me entender a lição. Então eu me encontrarei de novo e eu não estarei perdido outra vez

Acho que penso que não mudei o mundo para fazer você me ver. Para ser o único, eu teria que correr para sempre mas, agora que eu volto a não chorar pelo seu amor?
Deveria doer te amar? Eu deveria me sentir como eu me sinto? Eu deveria ter fechado a última porta aberta -Meus fantasmas estão me vencendo.


Eu passei tanto tempo jogando pedras na sua janela, que eu nunca bati na sua porta da frente. Eu vejo estátuas que nunca foram feitas nem uma lasca. Mas se eu pudesse fazer uma marca no monumento do seu coração... Eu simplesmente posso me deitar um pouco mais do que eu me deitei no último dia. Espere um tempo para destribuir essa mentira que nós dissemos a nós mesmos.Esses dias vem e vão... Mas dessa vez é mais doce que mel.


Se você quiser sair, licença justa... Se você quer ir, ir apenas... Eu não estou receoso em sonhar para dormir, para dormir pra sempre... Eu não necessito tocar o céu. Eu só quero sentir aquele elevado! E você se recusa a me levantar.
Suposição não era real depois de tudo...Suposição não era real depois de tudo.
Se eu cair ,tudo está perdido. É onde eu pertenço.
Se você quer sair, licença justa. Se você quer ir, ir apenas... Eu nunca serei seu doce, doce sedução. Suposição não era real depois de tudo... Suposição não era real.
Se eu cair , tudo está perdido. Nenhuma luz para conduzir o caminho. Lembre-se que todo sozinho é onde estarei.
Em um sonho, você dar-me seu amor? Implorar para que o meu coração partido bata? Exepto minha vida... Mudar meus pensamentos.
Se eu cair , tudo está perdido. Nenhuma luz para conduzir o caminho. Lembre-se todo sozinho é onde eu estarei


Eu tentei matar a dor. Mas apenas trouxe mais... Eu comecei a morrer. E eu estou sangrando, remorso... traição... Eu estou morrendo, suplicando, sangrando e gritando. Eu estou tão perdido assim para ser salvo? Eu estou tão perdido assim?