Andava por aí sem perceber que em mim não havia mais ser, e sim um vazio que o encobrira. Iludia-me em desilusões. Acreditava no que não era-me possível, como um comodismo a mais. Procurava o que não podia-se encontrar. Sumia ao mundo tentando viver o que não se vive. Passava o tempo tentando completar o que nunca se completou, a ausência incompletável. Entretia-me com o superficial.Vivia sem um porque. Não vivia cada dia de uma vez, e nunca tinha certeza de que o amanhã iria ser melhor. Chorava suas mágoas sem ao menos tentar mudar essa sociedade desigual. Morria pensando em ser imortal. Despedaçava-me sem notar que, sem você, me tornava apenas mais um retrato sem retoque...
segunda-feira, 26 de maio de 2008
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