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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Afago noturno.

Caminhando nestas ruelas de ar gélido e penumbra, me encontro nostálgico e um tanto amedrontado.
Vejo todas as paredes pichadas com uma caligrafia informal, uma escuridão angustiante e um silêncio ensurdecedor.
As nuvens pouco iluminadas pelo luar enfraquecido encontram-se eufóricas para sair daquele céu negro. Movem-se mais rápido que um piscar de olhos.
Aquelas garrafas de bebida aparentemente baratas enfeitam o local.

Eu continuo caminhando e sentindo todo o amor que não existe, toda a liberdade aprisionada. Insisto em ver todos aqueles papéis rasgados de cartas de reconciliação, seringas inúteis, estrelas ofuscadas e meu eu amargurado.


E eu continuo caminhando em direção ao nada.

3 comentários:

Anônimo disse...

Sabe, acho que nós todos caminhamos em direção ao nada. Rumo à incerteza. Sorte daqueles que conseguem chegar a algum lugar. E que se livram dos silêncios ensurdecedores.

Abraço.

Frafrafra disse...

Observe a não-beleza de tudo isso.
Adoro o silêncio noturno. A indiferença dos que enfrentam a noite enquanto retorno feliz dos braços do meu amor, não-amor em direção a minha casa. Dos que não tem nada a perder. Gosto de me misturar e pensar que sou feliz.
Pensar que brilho em meio a tanta escuridão...

- um anjo ateu. disse...

Na verdade, você está lutando contra a vida. Ou contra o que de ruim ela tem. A noite te persegue mas você está indo em direção ao sol, pra ver o dia e todas as cores que ele pode acrescentar na tua vida. O silêncio e o não amor são apenas consequências dum dia calado e comum. Qualquer dia, nessa caminha, tu encontrará o que te fará ver e sentir o que te completa.