Caminhando nestas ruelas de ar gélido e penumbra, me encontro nostálgico e um tanto amedrontado.
Vejo todas as paredes pichadas com uma caligrafia informal, uma escuridão angustiante e um silêncio ensurdecedor.
As nuvens pouco iluminadas pelo luar enfraquecido encontram-se eufóricas para sair daquele céu negro. Movem-se mais rápido que um piscar de olhos.
Aquelas garrafas de bebida aparentemente baratas enfeitam o local.
Eu continuo caminhando e sentindo todo o amor que não existe, toda a liberdade aprisionada. Insisto em ver todos aqueles papéis rasgados de cartas de reconciliação, seringas inúteis, estrelas ofuscadas e meu eu amargurado.
E eu continuo caminhando em direção ao nada.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Afago noturno.
Postado por matt. às 13:49 3 comentários
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