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domingo, 8 de novembro de 2009

Ele não mais conseguia enchergar o que na sua frente estava. As gotas de chuva embaçavam sua retina, tornando as imagens sem forma alguma. O cheiro forte de terra molhada era a única coisa que seu órgão nazal podia sentir.
Sua pele sentia a chuva queimando-a. Ao mesmo tempo em que a chuva o mantia calmo, ela o afoitava de uma tal forma, que ele precisava esconder-se. Sim, precisava. Mas não podia. Tudo ao seu redor parecia se esconder. Ele procurava, mas não podia encontrar absolutamente nada. Ele realmente sentia o peso do mundo sob suas fracas costelas. O sangue escorria-lhe por entre-dedos.
Quando a violenta e ritmada chuva parou, ele ainda estava desnorteado. Em seguida, percebeu-se todo violentado. Suas roupas rasgadas estavam.
Pensou ele que talvez fossem os vorazes canivetes que caíam em forma de chuva ou ainda, a brutalidade de um simples canário, de nome FREDERICO*.


R.I.P. FREDERICO.


* A chuva tirou-lhe a vida.

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