Ele seguia sua estrada numa noite fria do inverno gélido. Ele seguia sem rumo, ora pra esquerda, ora pra direita, mas nunca em frente. Ele tinha um objetivo, mas não tinha mais forças pra realizá-lo. Não tinha motivo.
Três gotas de amor no coração. Duas. Uma. Nenhuma. O amor que ele tinha foi roubado... Roubado por alguém que não sabia o quão belo era amar. Ele não sabia mais o que era sentir. Não conseguia. Não podia.
Tal força que gostaria de ter, foi-se embora junto com aquela carta que lutavas pra escrever. Sim, escreveu... Logo, caiu em sono profundo. Um sono amargurado. Talvez até provocado.

Ele tinha que entender que o amor é pra poucos. A única coisa que ele gostaria, nesse momento, era de sentir o abraço apertado do próprio amor. Sentir alguma coisa. Sim, DE NOVO. Mas não podia. Tal amor que fora arrancado do seu próprio peito, feriu-o.

Ele só pode andar pra direita.
O que jaz no lado esquerdo do seu coração é um buraco de amargura. :(