O sinal do recreio da escola toca de novo. Nuvens chuvosas vêm brincar de novo... Ninguém te falou que ela não está respirando ? Olá, eu sou a sua mente te dando alguém pra conversar. Se eu sorrir e não acreditar... Breve, eu sei, eu vou acordar deste sonho. Não tente me consertar, eu não estou quebrada... Olá! Eu sou a mentira vivendo por você, então você pode se esconder. Não chore! De repente, eu sei que eu não estou dormindo... Olá! Eu ainda estou aqui! Tudo o que sobrou de ontem.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
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quarta-feira, 16 de abril de 2008
Cada olhar me remete a um tumulto que brota do embate entre o que foi e o que está sendo. Onde todas as distâncias se parecem menores agora e a possibilidade de viver uma nova história em uma velha cidade urge numa virada de esquina. Lembro dos tempos em que tudo parecia muito grande e distante assim como minhas memórias daqueles dias. Agora, a beleza dessa cidade se apresenta marcada pela conversa entre morros e prédios, no encontro do asfalto e meus pensamentos; na mistura esquizofrênica de minhas lembranças vivas com as construções da minha imaginação. O presente é tomado de assalto pela irrefutável força de transformação do tempo - o prédio grudado na praça está fadado ao apodrecimento e a escola perto da igreja foi pintada. Aquilo que foi vivido se mostra, nesse exato momento, como um sonho ou um livro incorporado. Algo que nunca me aconteceu.Mas as minhas palavras são provas do que vivi e do que estou vivendo. Minhas idéias são produto de pensamentos que sacodem meu mundo. Falar, é agir e pensar simultaneamente. É criar. Criar um mundo sobre nossos braços, onde milhares de velhos sonhos são aquecidos dia após dia sobre o calor de nossas vontades e desejos. Busco um sentido nas estações e acho padrões em grandes pensamentos.Cada olhar, uma imagem; a representação de um relato fragmentado, habitado cada dia mais por esquecimentos do que por lembranças. Cada relance é insubstituível. Manufaturamos realidades e recordamos o perdido em fotografias, na separação do tempo vivido.
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domingo, 6 de abril de 2008
SONHO?
Ela passou por mim várias vezes e não disse nada, nada que seus olhos deixassem de dizer. Reagi com estranheza num primeiro momento. Na última vez ela parou e me sussurrou ao ouvido: “Não se pode dizer que qualquer coisa é boa ou má se você não a conhece completamente.” Quando me virei para olhar em seus olhos de perto, ela já havia desaparecido em meio à multidão. Arrisco dizer que isto foi num sonho. A mulher poderia até mesmo não existir naquele momento, mas não importava, pois minha sanidade também não importava naquele momento.Aquilo significa algo, pois se consolidou ainda mais em mim a idéia de que não existe nenhuma verdade absoluta nesta vida. Ensinou-me que um homem nunca poderá ser conhecido totalmente pelos outros homens já que pode enlouquecer, ou mudar seus hábitos e atitudes de acordo com a situação, a conveniência ou a necessidade. Que uma cidade, uma pedra ou uma flor podem conter essências incompreensíveis pelo próprio homem e que conceitos criados para descrevê-las são meras generalizações de quem não aceita um mundo único para cada coisa.
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